A dor que corre por as minhas veias
Se alastra dentro e fora do meu corpo
Corrói-me como um ácido teimoso
E faz-me ser sereno por completo
Atiça meus desejos mais distintos
Me corta como lâmina ardida
Constrói dentro de mim milhões de versos
Derruba cada estrofe em seguida
Arranja em meu peito tua mão
Sufoca-o de todo seu alento
Crava suas unhas e então
Belisca dele um grito de desejo
Assim, sem ir, eu vou de lá pra cá
Manchado pelas dores da paixão
São poucas quando vêem para ficar
São muitas quando vêem e depois vão
(Renato Santana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário