Recentemente, fui ao Starbucks do shopping Higienópolis encontrar uma amiga que não via há muito tempo. Conversamos por longas horas, colocamos o papo em dia, mas o que mais me marcou durante as horas em que ali fiquei foi o atendimento da rede de cafeterias.
Tudo começou com um engano. Eu havia pedido um frappuccino de baunilha e um pão de queijo. Acontece que vieram dois pães de queijo. Ao alertar um dos funcionários sobre o engano, ele falou que não tinha problema e que o quitute a mais seria uma cortesia. Eu, obviamente, gostei.
Não que o pão de queijo deles seja maravilhoso - aliás, não tem nada de especial e não vale o preço cobrado. Contudo, seria levemente constrangedor ver o funcionário pegando o pão de queijo extra do meu prato, como se aquilo fosse representar um enorme prejuízo para a loja.
Algumas horas depois, já no começo da noite, esse mesmo funcionário abordou minha amiga e eu para saber se não gostaríamos de participar da degustação do
Starbucks. Curiosos, topamos realizar a experiência, até porque nem sabíamos que a rede de cafeterias costuma fazer isso. E foi um dos momentos mais encantadores para mim naquele dia todo.
Funciona assim: os funcionários escolhem um dos vários tipos de grãos que eles usam nas bebidas (no caso, foi o Brasil Blend). Eles preparam tudo numa bandeja bem arrumadinha, que contém o café do grão em questão, a embalagem com o grão puro e um aperitivo, que na ocasião foram deliciosos brigadeiros.
A partir daí, começa uma verdadeira aula: eles explicam a origem do grão, as diferenças do grão, falam sobre a qualidade dos produtos usados na linha de bebidas do
Starbucks e te ensinam a como beber café. Assim como o vinho, o café precisa de todo um ritual na hora de ser apreciado para que suas características sensoriais fiquem mais evidentes a quem o bebe.
É preciso fazer uma "cabaninha" com a mão em cima da xícara para concentrar o aroma do café e tentar identificar suas características olfativas. Cada grão possui cheiros específicos que o remetem à sua origem. O segundo passo e sorver o café, assim como na hora de tomar uma sopa, fazendo aquele típico barulhinho com os lábios. Dessa maneira, estimulamos as papilas gustativas e reforçamos o paladar.
Em seguida, no terceiro passo, vem o compartilhamento das sensações. Num pequena mesa circula estavam eu, minha amiga e mais dois funcionários sentados. Outros dois, que faziam a apresentação, estavam em pé. É um dos momentos mais interessantes. Eu, por exemplo, fiz questão de ressaltar como achei estranho beber café puro, sem açúcar. Para quem não está acostumado é estranho, claro, mas só assim é possível sentir o verdadeiro gosto do café.
Na quarta e última etapa da degustação, eles mostram o que acompanha bem aquele grão específico. Como já disso, no meu caso eram brigadeiros, que consumidos juntos com o Brazil Blend ganhavam um gosto ainda mais especial. Foi aí, aliás, que descobri que há certos tipos de grãos que combinam até mesmo com queijo!
Embora o
Starbucks sempre tenha feito as degustações em suas unidades, foi a primeira vez que participei de uma. E fiquei encantado, não apenas porque é uma ação de relacionamento entre marca e consumidor muito forte e eficiente, mas sobretudo porque ela te possibilita aprender algo novo e interessante.
Você fica lá conversando com os funcionários, que entendem bem do assunto, aprende sobre a bebida e ainda come brigadeiros de graça! Eu, que trabalho com comunicação, sei que isso, no fundo, é uma ação de marketing. Mas mesmo assim não consegui me controlar.
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