16 de janeiro de 2012

Starbucks: uma marca que sabe se relacionar com seu público consumidor

Recentemente, fui ao Starbucks do shopping Higienópolis encontrar uma amiga que não via há muito tempo. Conversamos por longas horas, colocamos o papo em dia, mas o que mais me marcou durante as horas em que ali fiquei foi o atendimento da rede de cafeterias.

Tudo começou com um engano. Eu havia pedido um frappuccino de baunilha e um pão de queijo. Acontece que vieram dois pães de queijo. Ao alertar um dos funcionários sobre o engano, ele falou que não tinha problema e que o quitute a mais seria uma cortesia. Eu, obviamente, gostei.

Não que o pão de queijo deles seja maravilhoso - aliás, não tem nada de especial e não vale o preço cobrado. Contudo, seria levemente constrangedor ver o funcionário pegando o pão de queijo extra do meu prato, como se aquilo fosse representar um enorme prejuízo para a loja.



Algumas horas depois, já no começo da noite, esse mesmo funcionário abordou minha amiga e eu para saber se não gostaríamos de participar da degustação do  Starbucks. Curiosos, topamos realizar a experiência, até porque nem sabíamos que a rede de cafeterias costuma fazer isso. E foi um dos momentos mais encantadores para mim naquele dia todo.

Funciona assim: os funcionários escolhem um dos vários tipos de grãos que eles usam nas bebidas (no caso, foi o Brasil Blend). Eles preparam tudo numa bandeja bem arrumadinha, que contém o café do grão em questão, a embalagem com o grão puro e um aperitivo, que na ocasião foram deliciosos brigadeiros.

A partir daí, começa uma verdadeira aula: eles explicam a origem do grão, as diferenças do grão, falam sobre a qualidade dos produtos usados na linha de bebidas do  Starbucks e te ensinam a como beber café. Assim como o vinho, o café precisa de todo um ritual na hora de ser apreciado para que suas características sensoriais fiquem mais evidentes a quem o bebe.

É preciso fazer uma "cabaninha" com a mão em cima da xícara para concentrar o aroma do café e tentar identificar suas características olfativas. Cada grão possui cheiros específicos que o remetem à sua origem. O segundo passo e sorver o café, assim como na hora de tomar uma sopa, fazendo aquele típico barulhinho com os lábios. Dessa maneira, estimulamos as papilas gustativas e reforçamos o paladar.

Em seguida, no terceiro passo, vem o compartilhamento das sensações. Num pequena mesa circula estavam eu, minha amiga e mais dois funcionários sentados. Outros dois, que faziam a apresentação, estavam em pé. É um dos momentos mais interessantes. Eu, por exemplo, fiz questão de ressaltar como achei estranho beber café puro, sem açúcar. Para quem não está acostumado é estranho, claro, mas só assim é possível sentir o verdadeiro gosto do café.

Na quarta e última etapa da degustação, eles mostram o que acompanha bem aquele grão específico. Como já disso, no meu caso eram brigadeiros, que consumidos juntos com o Brazil Blend ganhavam um gosto ainda mais especial. Foi aí, aliás, que descobri que há certos tipos de grãos que combinam até mesmo com queijo!

Embora o  Starbucks sempre tenha feito as degustações em suas unidades, foi a primeira vez que participei de uma. E fiquei encantado, não apenas porque é uma ação de relacionamento entre marca e consumidor muito forte e eficiente, mas sobretudo porque ela te possibilita aprender algo novo e interessante.

Você fica lá conversando com os funcionários, que entendem bem do assunto, aprende sobre a bebida e ainda come brigadeiros de graça! Eu, que trabalho com comunicação, sei que isso, no fundo, é uma ação de marketing. Mas mesmo assim não consegui me controlar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário