29 de abril de 2007

Desabafos desvairados 4

Quando eu estava no hall do meu prédio, esperando pelo elevador, eu ouvi a zeladora comentando com uma senhora que a síndica não gosta que qualquer estranho entre no prédio
Após um certo tempo que meu raciocínio, já não tão ágil, fez uso para processar a informação, eu me perguntei: "qualquer estranho"?
Como assim? Se fosse um estranho famoso, aí tudo bem?Aquele estranho que ela não conhece não pode entrar no prédio, mas se for aquele que ela vê todo dia, amigo de infância... esse pode entrar.
Muito estranho isso...

Mas por mais estranho que tudo isso pareça, mais estranhos ainda são os malditos elevadores.A pior coisa do mundo é ter que esperar pelo elevador. Bom, não é a pior coisa do mundo... mas uma das, com certeza!Ele é prova viva (talvez nem tanto) da validade da fatídica Lei de Murphy. Se você estiver atrasado e com pressa para ir à algum compromisso, desista de usá-lo. Vá de escada.

Parece que ele sente seu desespero, e resovle parar em todos os andares anteriores ao seu para que sua aflição seja ainda maior. É isso que o move - além dos cabos. Isso sem contar quando ele passa direto pelo seu andar como se as leis da matématica nao existissem; como se repentianamente, após o nono andar viesse o décimo primeiro. Detalhe: vocé está no 10º. Se você perceber que ele erá mesmo parar em seu andar, desista também. Estará lotado. Lotado a tal ponto de que nem se você fosse uma daquelas supermodelos que se alimentam de uma ervilha por dia você conseguiria entrar. E pense pelo lado bom. Ao ir de escada, você se exercita fisicamente e ainda contribiu para a não-profileração do efeito-estufa.

Não tenho certeza se "não-proliferação" e "efeito-estufa" estão corretamente escritos. Apesar de precisar conhecer bem as normas ortográficas que regem nossa língua, confesso que me falta uma aplicação maior em tal tarefa. Mas é que é tão legal usar hífen, vocês não acham?

Eu acho superbacana, quer dizer... super-bacana. Mesmo que às vezes isso trombe com as leis do Português, acho que vale a pena ousar um-pouco e sair do lugar-comum, tão óbvio-redundante.

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